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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
O que alguém me disse...
"Refugia-te na Arte" diz-me Alguém
"Eleva-te num vôo espiritual,
Esquece o teu amor, ri do teu mal,
Olhando-te a ti própria com desdém.
Só é grande e perfeito o que nos vem
Do que em nós é Divino e imortal!
Cega de luz e tonta de ideal
Busca em ti a Verdade e em mais ninguém!"
No poente doirado como a chama
Estas palavras morrem... E n'Aquele
Que é triste, como eu, fico a pensar...
O poente tem alma: sente e ama!
E, porque o sol é cor dos olhos d'Ele,
Eu fico olhando o sol, a soluçar...
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
E à Arte o Mundo Cria...
E à Arte o Mundo Cria
Seguro Assento na coluna firme
Dos versos em que fico,
Nem temo o influxo inúmero futuro
Dos tempos e do olvido;
Que a mente, quando, fixa, em si contempla
Os reflexos do mundo,
Deles se plasma torna, e à arte o mundo
Cria, que não a mente.
Assim na placa o externo instante grava
Seu ser, durando nela.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
O brilho da natureza no Verão...
O brilho da natureza no Verão...
Como a natureza brilha no Verão, as pétalas graciosas das flores reluzem cor e felicidade, os pássaros deslizam pelo ar como ventos brandos, brisas frescas, adversas aos ventos agrestes que outrora invadiam e tomavam posse dos céus. As águas dos rios espelham imagens de pura beleza e encanto encontradas em cada ínfima nota de um som, em cada cor de um objecto ou ser, em cada forma.
As árvores procriam os sumarentos e adocicados frutos, o amadurecimento dos seres, a elegância das formas conjugam e transformam esta época num poço infinito de saber, de alegria e transformação. O desabrochar das flores, o seu processo de transformação tão lento, perfeito e preciso.
O mar, enigma por desvendar, caudal infinito que rebenta junto das rochas, repleto de peixes, de tesouros antiquíssimos que tanto foram falados nos entre tons doces de todas as gerações, não esquecendo todos os seres que lá habitam e aqueles que julgamos habitar…
O Verão não é somente uma estação é um estado de espírito, um sentimento, uma ilusão.
Sabia que...
Sabia que...
- ...o colibri bate as asas 200 vezes por segundo e pesa cerca de 28 gramas?
- ...não existe duas zebras com riscas iguais?
- ...os olhos das corujas não viram porque estão fixos à cabeça e por isso tem que mover o pescoço para olhar para os lados?
- ...o cão mais pequeno do mundo é o chihuahua e tem uma esperança de vida acima da média?
- ...todos os porco-espinhos flutuam na água?
- ...o Chocolate mata os cães? O chocolate contém teobromina, que afecta o sistema nervoso e o musculo do coração dos cães.
- ...as baleias são os maiores animais que ja existiram?
- ...o "quack" de um pato não produz eco?
- ...o faro de um cão é 40 vezes superior ao olfacto do Homem?
- ...os camarões tem o coração na cabeça?
- ...num estudo que abrangeu mais de 200 mil avestruzes durante 80 anos, nunca se registou um caso de uma avestruz a enfiar a cabeça na areia?
- ...os porcos não tem flexibilidade para olhar para o céu?
- ...é impossível lamber o próprio cotovelo?
- ...os cavalos não conseguem vomitar?
- ...se espirrar com muita força podemos partir uma costela?
- ...um casal de ratos em 18 meses podem ter mais de 1.000.000 de descendentes?
- ...o isqueiro foi inventado antes do fosforo?
- ...ao longo da vida, uma pessoa, engole cerca de 70 insectos e 10 aranhas? (yuck!)
Matemática
Natal a meu ver…
Natal a meu ver…
Natal, olfacto a fantasia
Paladar a felicidade
Tacto a harmonia
Audição a euforia.
A família reunida
Partilha grandes emoções
O fogo da lareira
Aquece os nossos corações.
Ouvem-se os sinos tocar melodiosamente
Para anunciar
O Natal que está presente.
Um aroma a doces paira no ar
O Pai Natal está prestes a chegar
Mas a grande riqueza é o que fica para relembrar.
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem a quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa
Polissemia
As palavras brincam na gramática
Dançam no dicionário
Voam nos livros
E cantam nos sonhos.
Canto no canto,
Rio no rio,
Leve, leve
Cedo, cedo
Não tenho medo
Sorrio.
E então partir, partir…